sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Relatório Reflexivo


Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador da Área de Formação: Prof. Dr. Dioney M. Gomes
Formadora - UnB: Andreia Alves dos Santos
Formadora Estadual: Luiza Liene Bressan
Estado: SC Município: Orleans
Nº de cursistas: 06 (seis) cursistas
Mês de referência: Setembro/ Outubro/2009

Nossos encontros nos meses de setembro e outubro transcorreram normalmente. No último encontro do mês de setembro, o grupo se deslocou até Criciúma e junto aos demais grupos da 21ª Regional participou de uma Oficina Livre. O tema da oficina foi: Semiótica e Ensino: caminhos da interdisciplinaridade. Conforme depoimentos recebidos, a oficina contribuiu para ampliar os conhecimentos e as discussões sobre o ensino de língua materna. Também realizamos visitas nas escolas onde os professores participam do programa de formação continuada e constatamos como os projetos interdisciplinares estavam sendo aplicados. Foi muito prazerosa esta etapa, pois nos possibilitou observar a aceitação do projeto Gestar II e como sua proposta metodológica facilita a ação pedagógica.
Também foi feita a publicação da coletânea de trabalhos produzida pelas cursistas Marina e Roseli, intitulada “Visconde e Prosa e Verso”. Foi uma solenidade muito significativa, pois possibilitou que os alunos da escola se entendessem como “autores” e não apenas reprodutores de textos.
Outro trabalho muito interessante está sendo desenvolvido na E.E.F. Costa Carneiro, onde as professoras Giane e Elizandra estão organizando também uma coletânea de textos para publicar (já no prelo). Esta coletânea receberá o nome de “Escritores do Costa Carneiro” e tem previsão de lançamento para meados de dezembro, coincidindo com o encerramento do ano letivo.
Na escola “Ernani Cotrin” acompanhamos os trabalhos das professoras Dóris e Ramira, que a partir de leituras realizadas com os alunos produziram um excelente trabalho que, posteriormente, foi apresentado na unidade escolar.
Na escola “Toneza Cascaes” acompanhamos o trabalho desenvolvido pela cursista Paula, cujo projeto de leitura ganhou vida, cores e formas na apresentação dramatizada. O mesmo trabalho também foi desenvolvido pelo cursista Lucas, na escola de Treviso, por Danielly, na escola “José Antunes Matos” de Pindotiba e por Márcia Beatriz Spricigo, na escola “Tito Carvalho” de Oratório.
Merece também destaque o trabalho desenvolvido pela professora Simone na escola “José Heleodoro Barreto Júnior, de Lauro-Müller. A professora trabalhou seu projeto que culminou numa apresentação teatral, envolvendo todas as turmas da escola e uma sétima série da escola “Visconde de Taunay”. A temática girava sobre a questão da gravidez na adolescência, que atraiu a atenção de todos.
Em relação aos TPs, estamos em fase conclusiva de estudo. Nesses encontros discutimos os assuntos do TP1, refletindo sobre as questões de linguagem e cultura. Também fizemos um excelente trabalho sobre “variantes lingüísticas”, uma vez que a miscigenação de povos na região muito contribui nesse aspecto. Nossos falares trazem estas marcas tão exemplificadoras da interface língua/cultura.
Em fase final está o TP2. Nesse estamos enfatizando as produções locais. No município de Orleans, há a “Academia Orleanense de Letras” que organizou o terceiro encontro de academias de Letras do estado de Santa Catarina, nos dias 25 e 26 de setembro. Nestes dias a comunidade pôde conhecer alguns nomes significativos das Letras catarinenses e muitas foram as apresentações culturais com a participação de alunos de nossas cursistas. Tal encontro possibilitou ampliar os conhecimentos já anunciados nos encontros do Gestar II.
Enfatizamos, mais uma vez, as ricas trocas de conhecimento que são proporcionadas e a ampliação do universo de possibilidades metodológicas que se abrem a partir de um trabalho com linguagem, tendo como centro “os textos” e suas múltiplas faces.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Palavrrões também são importantes- Luis Fernando Veríssimo

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas, dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita qualidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A via-láctea tem estrelas pra caralho, o sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do "pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem fodendo!". O "Não, não e não!", assim como o "Absolutamente não" já soam sem nenhuma credibilidade.
O "nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranquila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro para ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo:
Marquinhos, presta atenção, filho querido, "NEM FODENDO!".
O impertinente se manca na hora e vai para o Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Caetano Veloso.
Por sua vez, "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negociação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata aquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
Há outros palavrões, igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "puta-que-o-pariu!", falados asssim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no meio do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável!, se dirige ao canalha do seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no meio do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um todo umprovidencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".
Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e Foda-se!".

Relatório Reflexivo sobre as Atividades do Gestar II

Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador da Área de Formação: Prof. Dr. Dioney M. Gomes
Formadora - UnB: Andreia Alves dos Santos
Formadora Estadual: Luiza Liene Bressan
Estado: SC Município: Orleans
Nº de cursistas: 07 (sete) cursistas
Mês de referência: Setembro/2009

Relatório das Atividades Desenvolvidas no GESTAR II

Realizamos mais três encontros no mês de agosto. Nestes encontros continuamos as discussões acerca do planejamento da escrita e da argumentação na linguagem. O TP6 é um volume bastante amplo e as discussões acerca da argumentação merecem muita atenção, pois este tipo de texto e seus gêneros circulam na sociedade e, na maioria das vezes, são formadores de opinião. Nossos cursistas desenvolveram muitas atividades em sala de aula, sob a orientação dos professores formadores, objetivando desenvolver metodologias que auxiliem na aplicação prática destas atividades e que se tornem fazeres cotidianos nas escolas, uma vez que a linguagem humana está carregada de intencionalidade e precisa ser compreendida em seus vieses para que possamos interagir com práticas sociais na sociedade.
Bichibichi nos diz que a argumentação busca convencer, influenciar, persuadir alguém, defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista. E sendo a argumentatividade fundamental para a interação social por intermédio da língua, tem-se a importância de fazer um trabalho efetivo na escola que leve o aluno a desenvolver essa habilidade tão necessária para torná-lo um cidadão capaz de atuar plenamente na sociedade. Por isso, este trabalho apresenta as características básicas da argumentação e procura identificar essas características em diferentes gêneros textuais, para demonstrar que a argumentação é ato inerente à língua, independentemente do suporte de que a mesma se utiliza.
Koch (2006) defende que o ato linguístico fundamental é a argumentação “isto é, de orientar o discurso no sentido de determinadas conclusões, constitui o ato lingüístico fundamental, pois a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na acepção mais ampla do termo”. (KOCH, 2006,p. 17).
O professor de Português deve desenvolver a capacidade argumentativa de seus alunos, pautando-se em um ensino e aprendizagem que leve em conta os textos, que se concretizam na forma de gêneros textuais falados e escritos), para que aprimorem o domínio discursivo na oralidade, leitura e escrita e assim possam desenvolver técnicas para realizar a argumentação e também desenvolver o senso crítico para reconhecer argumentações vazias de conteúdo, credibilidade, quando se depararem com elas e não se deixarem envolver por um discurso eloquente, envolvente, mas sem grande significação.
No Brasil, embora os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa orientem para a necessidade de se desenvolver a capacidade de contraposição e argumentação de ideias desde as primeiras séries do ensino fundamental, o ensino mais sistemático da argumentação é introduzido nas aulas de língua portuguesa muito tardiamente, se observamos, por exemplo, as coleções didáticas que subsidiam o trabalho de muitos professores.
Além dessas discussões, visitamos nossos cursistas em suas escolas, prestando colaboração na aplicação do projeto interdisciplinar. Ficamos muito satisfeitas ao perceber o empenho dos alunos na execução das atividades propostas e como o docente está envolvido com as propostas de trabalho do Gestar II. Alguns gestores escolares manifestaram seu contentamento com o trabalho que está em desenvolvimento nas unidades escolares.
Como formadora, sinto que, a cada encontro, apesar das dificuldades em função de políticas educacionais nem sempre motivadoras, os professores estão comprometidos, participam entusiasticamente das atividades e estão muito conscientes de seu papel transformador na sociedade. Assim, para mim, o programa provocou um crescimento profissional significativo, motivando o desenvolvimento de metodologias que enriquecem o fazer pedagógico em sala de aula.
No Brasil, embora os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa orientem para a necessidade de se desenvolver a capacidade de contraposição e argumentação de ideias desde as primeiras séries do ensino fundamental, o ensino mais sistemático da argumentação é introduzido nas aulas de língua portuguesa muito tardiamente, se observamos, por exemplo, as coleções didáticas que subsidiam o trabalho de muitos professores.

domingo, 23 de agosto de 2009

Produzindo Textos

Escolhas/ Opções
Danielly Spricigo


Observando três imagens aparentemente incoerentes podemos encontrar fatores em comum, podemos estabelecer diálogo com estes textos não verbais.
Na primeira objetivamente vemos um grupo de pessoas dando um banho em outro, na segunda vemos um animal fazendo um gesto e na terceira observamos algumas flores. Veja que nelas transparece alegria e um toque negro também. Na primeira no fato da alegria da brincadeira e no constrangimento ou misto de medo e ansiedade de quem está embaixo, aguardando ou sendo surpreendido com aquela água, na segunda não consigo diagnosticar felicidade ou tristeza na expressão felina, mas o misto de cores claras e escuras que nos deixam a indecisão e na última o mesmo misto de beleza e sobriedade, no confronto claro / escuro, porém ambas são confusas não temos como dar uma precisão para cada fato, o que se quer com cada uma, podemos apenas afirmar que são o resultado do trabalho de alguém, seja este um fotógrafo amador, querendo registrar algo que lhe chamou atenção ou parte da obra de algum artista, que fez a opção de registrar estes momentos.
Assim também é a vida de cada um de nós. Um misto de alegria e tristeza, um desafio, um caminho cheio de opções onde somos obrigados a fazer escolhas o tempo todo, assim como o artista escolheu estas cenas que lhes devem transmitir algo ou ser simplesmente fruto de sua escolha, nós também passamos nossos dias fazendo escolhas e optando por algo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Relatório das Atividades

Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador da Área de Formação: Prof. Dr. Dioney M. Gomes
Formadora - UnB: Andreia Alves dos Santos
Formadora Estadual: Luiza Liene Bressan
Estado: SC Município: Orleans
Nº de cursistas: 07 (sete) cursistas
Mês de referência: Agosto/2009

Relatório das Atividades Desenvolvidas no GESTAR II
Iniciamos o TP6 no dia 03/08/09. Apresentamos aos cursistas um breve referencial teórico sobre Argumentação e Linguagem. Sugerimos aos cursistas a leitura extra do livro “Linguagem e Persuasão”, de Adilson Citelli para que aprofundassem os conhecimentos sobre o assunto em questão. Feitas as considerações iniciais, passamos a discutir as marcas de argumentatividade na organização dos textos, conforme objetivo da primeira seção.
Na sequência, o grupo foi dividido em equipes de três membros e cada grupo resolveu as atividades da primeira seção. Logo em seguida, os grupos socializaram as respostas e foi promovido um debate sobre a questão da construção de argumentos.
O segundo encontro do mês, que seria no dia 09/08/09, não aconteceu ainda. Nosso objetivo era discutir as seções seguintes do TP5. Em função dos cancelamentos de atividades que aglomeram pessoas, decreto expedido pelas autoridades estaduais e municipais, em função do avanço do vírus H1N1, o encontro foi transferido. Enviamos material para estudo via correio eletrônico, sugerimos que fizessem algumas atividades sobre os recursos que utilizamos para (in) validar um argumento.
Podemos dizer que o grupo é muito coeso e que tem produzido muito em todas as etapas do Gestar II. Combinamos que nos próximos meses visitaremos as unidades escolares onde atuam no sentido de prestigiar o empenho na execução das atividades do Gestar e mediar a aplicação do projeto que estão desenvolvendo. Nossa sugestão foi bem recebida e ficaram satisfeitos com a preocupação que temos em relação ao desempenho docente de cada participante.
Nosso grupo também tem demonstrado muito interesse em aprofundar questões teórico-metodológicas abordadas nos TPs e as trocas de informações, sugestões de leituras são feitas em todos os encontros. Procuramos fomentar, sempre que possível, a busca por leituras complementares para avançar na construção de conhecimentos. Percebemos, muitas vezes, que o professor (na sua maioria licenciado em Letras) não conhece algumas abordagens contempladas nos TPs, pois nem sempre as instituições formadoras propiciam o contato com algumas correntes de estudo. Então, conforme as necessidades manifestadas e acordadas no grupo, sugerimos outras leituras e, posteriormente, discutimos seus aspectos mais significativos. Este trabalho em parceria tem apresentado bons resultados. Salientamos, também, que os materiais socializados pelos formadores da UnB são excelentes suportes didáticos para a realização dos encontros. Sempre que os tiverem, socializem conosco, são excelentes ferramentas que auxiliam tanto ao formador quanto ao cursista.
Desde o seu início, a implantação de um programa de formação continuada cuja duração se estende durante um ano letivo inteiro, gerou algumas controvérsias. Ainda não está na cultura docente a necessidade que temos de estar em constante aperfeiçoamento. No entanto, os que assumiram participar estão muito comprometidos, dispostos e, principalmente, perspectivando uma docência de maior qualidade e voltada para práticas sociais onde a escrita e a compreensão do mundo letrado ocupa o centro da construção de conhecimento e da busca por uma formação mais ampla e cidadã. O desafio de ser professor é diário e a sociedade atual prima pelo conhecimento de base científica e ampara pelos altos recursos tecnológicos de que já dispomos para que o conhecimento seja socializado sem fronteiras.

domingo, 2 de agosto de 2009

Reletindo relações...

Lembro-me de um texto chamado “Recado ao Senhor 803” no qual o autor pontua a vizinhança que tem e que de tudo reclama, só não reclamam do vizinho mais imprevisível, temperamental, surpreendente!!
Este vizinho é realmente incrível: ora é suave, inspirador, tranqüilo, quase manso. Lambe suavemente a amada, com a sutileza de um amante profissional, espumando-lhe o rosto, amando-a de forma terna e absoluta. Mas seu temperamento indomável, no momento seguinte, transforma-o num agressor, violento. A face, antes acarinhada, agora é fustigada, arranhada, esfolada... a pele alva encrespa-se, desmancha-se, dilui-se... Suas partes ficam amalgamadas... Um torna-se o outro, o outro se torna um.
Tempo depois, voltam à calma, murmúrios ofegantes, novos afagos deliciosamente delicados. Um pedido de perdão, novas promessas feitas ao sabor da brisa leve.
Entretanto, como todo amante em lua- de- mel, ela sabe que a brisa será vento, o vento, furacão e os arroubos de paixão desenfreada tornarão a fustigá-la e novamente a calmaria da lua cheia, prateando as noites, olhares de amor sem medidas, mansidão. Ah, auroras luminosas de um sol namorador a esticar braços lânguidos sobre os eternos amantes que, antes de estarem exauridos, ávidos estão pelo novo devir.
Nada melhor que ter para as noites solitárias e de vazio interior, o mar a contar suas histórias de mistério e glamour.
Luiza Liene Bressan

Fazendo pose...