terça-feira, 15 de setembro de 2009

Relatório Reflexivo sobre as Atividades do Gestar II

Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador da Área de Formação: Prof. Dr. Dioney M. Gomes
Formadora - UnB: Andreia Alves dos Santos
Formadora Estadual: Luiza Liene Bressan
Estado: SC Município: Orleans
Nº de cursistas: 07 (sete) cursistas
Mês de referência: Setembro/2009

Relatório das Atividades Desenvolvidas no GESTAR II

Realizamos mais três encontros no mês de agosto. Nestes encontros continuamos as discussões acerca do planejamento da escrita e da argumentação na linguagem. O TP6 é um volume bastante amplo e as discussões acerca da argumentação merecem muita atenção, pois este tipo de texto e seus gêneros circulam na sociedade e, na maioria das vezes, são formadores de opinião. Nossos cursistas desenvolveram muitas atividades em sala de aula, sob a orientação dos professores formadores, objetivando desenvolver metodologias que auxiliem na aplicação prática destas atividades e que se tornem fazeres cotidianos nas escolas, uma vez que a linguagem humana está carregada de intencionalidade e precisa ser compreendida em seus vieses para que possamos interagir com práticas sociais na sociedade.
Bichibichi nos diz que a argumentação busca convencer, influenciar, persuadir alguém, defender ou repudiar uma tese ou ponto de vista. E sendo a argumentatividade fundamental para a interação social por intermédio da língua, tem-se a importância de fazer um trabalho efetivo na escola que leve o aluno a desenvolver essa habilidade tão necessária para torná-lo um cidadão capaz de atuar plenamente na sociedade. Por isso, este trabalho apresenta as características básicas da argumentação e procura identificar essas características em diferentes gêneros textuais, para demonstrar que a argumentação é ato inerente à língua, independentemente do suporte de que a mesma se utiliza.
Koch (2006) defende que o ato linguístico fundamental é a argumentação “isto é, de orientar o discurso no sentido de determinadas conclusões, constitui o ato lingüístico fundamental, pois a todo e qualquer discurso subjaz uma ideologia, na acepção mais ampla do termo”. (KOCH, 2006,p. 17).
O professor de Português deve desenvolver a capacidade argumentativa de seus alunos, pautando-se em um ensino e aprendizagem que leve em conta os textos, que se concretizam na forma de gêneros textuais falados e escritos), para que aprimorem o domínio discursivo na oralidade, leitura e escrita e assim possam desenvolver técnicas para realizar a argumentação e também desenvolver o senso crítico para reconhecer argumentações vazias de conteúdo, credibilidade, quando se depararem com elas e não se deixarem envolver por um discurso eloquente, envolvente, mas sem grande significação.
No Brasil, embora os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa orientem para a necessidade de se desenvolver a capacidade de contraposição e argumentação de ideias desde as primeiras séries do ensino fundamental, o ensino mais sistemático da argumentação é introduzido nas aulas de língua portuguesa muito tardiamente, se observamos, por exemplo, as coleções didáticas que subsidiam o trabalho de muitos professores.
Além dessas discussões, visitamos nossos cursistas em suas escolas, prestando colaboração na aplicação do projeto interdisciplinar. Ficamos muito satisfeitas ao perceber o empenho dos alunos na execução das atividades propostas e como o docente está envolvido com as propostas de trabalho do Gestar II. Alguns gestores escolares manifestaram seu contentamento com o trabalho que está em desenvolvimento nas unidades escolares.
Como formadora, sinto que, a cada encontro, apesar das dificuldades em função de políticas educacionais nem sempre motivadoras, os professores estão comprometidos, participam entusiasticamente das atividades e estão muito conscientes de seu papel transformador na sociedade. Assim, para mim, o programa provocou um crescimento profissional significativo, motivando o desenvolvimento de metodologias que enriquecem o fazer pedagógico em sala de aula.
No Brasil, embora os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa orientem para a necessidade de se desenvolver a capacidade de contraposição e argumentação de ideias desde as primeiras séries do ensino fundamental, o ensino mais sistemático da argumentação é introduzido nas aulas de língua portuguesa muito tardiamente, se observamos, por exemplo, as coleções didáticas que subsidiam o trabalho de muitos professores.

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